24 de novembro de 2008

Amores Vãos - Glória Salles

.



Turbulências da vida, uma realidade sem cor.
De ser feliz, não entendia, menos ainda de amor.
Levada por arrasto, dentro da alma um vazio.
Cais abandonado, açoitava o vento frio.

Na vida morna, esqueceu a sensação boa de amar.
E uma noite qualquer, alguém veio lhe lembrar.
Deu-lhe um novo motivo, na vida, novo sentido.
Agora renovada, não mais um livro esquecido.

Eram pura expectativa, ansiavam o momento,
Desligavam se do mundo, puro encantamento.
Paz e emoção assim, nunca pensou existir.
Morreu aquela mulher, que esqueceu de sorrir.

Mas há surpresas, no dobrar de cada esquina.
A mulher renasceu, chorou feito uma menina.
Cega de olhos abertos, foi preciso muita coragem.
Aceitar que aquele anjo, não passava de miragem.

E como num jogo tolo, diversão sem envolvimento.
Demonstrou claramente não ter nenhum sentimento.
Foi tudo ilusão, carência, qualquer coisa parecida.
E ela que havia se achado, ficou outra vez perdida.

O que desejou apenas? Fazer e ser feliz demais.
Sonhou ser seu amor. Sonhou… Nada mais.
Foi tudo pura ilusão, nada concretizado.
Mas a vida é uma escola, e tudo é aprendizado.

Quem sabe por ironia, outra vez, caminho cruzado.
Ela tenha que lhe dizer, que já não é mais esperado.
Hoje desbravando rumos, com o coração nas mãos.
Aprendeu que nessa vida, amores vêm, “amores vão”

- Glória Salles -

Nenhum comentário:

Postar um comentário